segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Marketing Invisível

“Os consumidores não acreditam mais em propaganda e não confiam mais na publicidade tradicional.”

Frase forte demais. Certamente qualquer formação escolar relacionada a comunicação e marketing impede completamente o aceite dessa premissa como uma verdade imediata.

Mas indiscutivelmente é passível de análise.

Para formar uma opinião a respeito, sabe-se que o mercado possui uma demanda latente por criatividade e inovação. Isso sim aceita-se bem.

E sempre que alguém inova, logo as águas deste novo mercado - que por alguns momentos foram azuis e rentáveis – adquirem um tom vermelho vivo, repletas de concorrentes com sentidos apurados graças a tecnologia cada vez mais avançada, mais disponível e melhor utilizada por todos. É o domínio das águas recém descobertas, que você pode identificar facilmente nos dias atuais, se quiser. Basta lembrar daquele seu amigo que está abrindo uma empresa de compras coletivas na internet, por exemplo.

Em paralelo, os consumidores acompanham tudo isso e cresce aquela sensação até então discreta de insegurança. Bobos certamente eles não são. Sabem muito bem o que está manchando as águas de vermelho.

A solução encontrada por eles para se precaver foi de fazer um pacto velado. Uma espécie de auto ajuda, com uso igual da mesma tecnologia mais avançada, disponível e melhor utilizada.

São agora consumidores unidos pela causa, já que a indicação de um produto feito por outro consumidor carrega o endosso de um comum, de um semelhante.

As pessoas confiam em pessoas. É nesse ponto que o marketing invisível é diferente do merchandising, onde as cartas estão viradas para cima e tudo é mais explícito e objetivo.

De volta à frase que abre o texto: E a culpa dessa perda de credibilidade da propaganda convencional? É de quem? Não vale entrar no mérito dentro deste texto. Mas todas as opiniões/acusações feitas nos comentários serão muito bem vindas, se acontecerem. A frase do início do texto começa a parecer um pouco mais razoável. Todo aquele “derramamento de sangue...”. Por causa da linha de raciocínio óbvia, nem preciso forçar muito para justificar que ela tornou-se plausível até para nós, comunicadores.

Mas, a que isso nos leva? Leia amanhã, aqui no Trade Inteligente.

:: Rafael Bunese tem pouco mais de 10 anos de experiência na área de Marketing e Comunicação. Trabalhou em empresas como SPCOM, TVMED, Hubert, Qualcomm e Suzano. Graduado em Comunicação pela ESPM, com especialização em Administração de Negócios pelo INSPER e Gestão de Projetos pela FGV, atua há mais de 5 anos na SKY e ministra aulas de Logística, Marketing, Vendas e Atendimento ao Cliente nos cursos livres do SENAC. Além de colunista do Trade Inteligente, é editor do blog Playful Perspective (marketing, inovação, criatividade, entre outros).

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