terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Comercio varejista cresce 5,9% em 2009

O Blue Bus destaca que, mesmo sob efeito da crise financeira internacional, o comércio varejista brasileiro cresceu 5,9% em 2009. Foi impulsionado pelo aumento da renda e por incentivos fiscais do governo, diz o IBGE. Mais informeções no link abaixo:


:: joao.riva@pensandoopdv.com.br

Comercio varejista cresce 5,9% em 2009

O Blue Bus destaca que, mesmo sob efeito da crise financeira internacional, o comércio varejista brasileiro cresceu 5,9% em 2009. Foi impulsionado pelo aumento da renda e por incentivos fiscais do governo, diz o IBGE. Mais informeções no link abaixo:


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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Golaço em Paris

Se tem algo que acredito fazer bem, é negociar. Desde moleque, ao comprar em determinados locais, negocio. Faço pelo prazer da negociação, e não somente para obter o resultado esperado. Realmente acredito que a estrada é mais interessante que o destino – em todos os casos.

Pois bem. Final do ano comecei a visitar concessionárias para trocar de carro. Em cada uma delas (de quase todas as montadoras), negociei o valor que pagariam no meu antigo veículo, no desconto que receberia na compra de um novo, quais documentos que receberia de cortesia, bem como opcionais gratuitos. Optei com um modelo da Citroen, e o comprei nas ultimas semanas do ano. Com todos os opcionais e o valor que a concessionária havia pago no antigo carro, estava satisfeito com o negócio.

Duas semanas depois, ainda feliz, vejo a propaganda da Citroen informando que na compra de um de seus carros o consumidor ganha uma viagem à Paris. Amigos, num café, chamavam minha atenção do azar que tive. Azar? Neste momento tive mais uma vez a prova da força de uma comunicação bem feita. Afinal, a menos que eu já pensasse em passar alguns dias de 2010 em Paris, a campanha não me oferecia vantagens grandes e reais.

Ela premia o comprador do veículo com uma passagem classe econômica com saída de São Paulo ou Rio de Janeiro para Paris - incluindo a volta. Se você for de outro estado, deve cuidar de sua locomoção até o aeroporto de uma destas cidades. Somado a isso, deve se preocupar com a hospedagem, alimentações, possíveis passeios e, se não quiser ir sozinho, comprar uma passagem para o seu acompanhante.

Assim sendo, caso eu já não tivesse os planos de visitar Paris, esta viagem não programada se tornaria bastante cara. Ou seja: racionamente, para quem não pretendia viajar a Paris, uma bela negociação de descontos e inclusão de opcionais do veículo ainda é vantagem. Mas... O consumidor nota isso?

Sim, nota. Em pesquisas qualitativas realizadas nos últimos meses de 2009, quando perguntávamos aos grupos pesquisados se bons prêmios, para eles, seriam viagens para a Copa do Mundo de Futebol, ou descontos no valor do produto, a segunda opção era sempre a preferida. Isso se deve aos custos normais que uma viagem oferece, bem como a dificuldade em sair do país a qualquer hora, ou documentações a providenciar.

Não digo, assim, que a Citroen não tem uma ótima campanha e um argumento de vendas melhor ainda, pois ela tem. Esta campanha, a meu ver, é um golaço. Seu prêmio conversa com a história do produto, e trás charme a ele. E claro, tem uma super força para comunicar. No entanto, como consumidores, devemos sempre analisar as propostas. Afinal, nem sempre as grandes propostas casam com o que precisamos no momento.

::: joao.riva@pensandoopdv.com.br

Golaço em Paris

Se tem algo que acredito fazer bem, é negociar. Desde moleque, ao comprar em determinados locais, negocio. Faço pelo prazer da negociação, e não somente para obter o resultado esperado. Realmente acredito que a estrada é mais interessante que o destino – em todos os casos.

Pois bem. Final do ano comecei a visitar concessionárias para trocar de carro. Em cada uma delas (de quase todas as montadoras), negociei o valor que pagariam no meu antigo veículo, no desconto que receberia na compra de um novo, quais documentos que receberia de cortesia, bem como opcionais gratuitos. Optei com um modelo da Citroen, e o comprei nas ultimas semanas do ano. Com todos os opcionais e o valor que a concessionária havia pago no antigo carro, estava satisfeito com o negócio.

Duas semanas depois, ainda feliz, vejo a propaganda da Citroen informando que na compra de um de seus carros o consumidor ganha uma viagem à Paris. Amigos, num café, chamavam minha atenção do azar que tive. Azar? Neste momento tive mais uma vez a prova da força de uma comunicação bem feita. Afinal, a menos que eu já pensasse em passar alguns dias de 2010 em Paris, a campanha não me oferecia vantagens grandes e reais.

Ela premia o comprador do veículo com uma passagem classe econômica com saída de São Paulo ou Rio de Janeiro para Paris - incluindo a volta. Se você for de outro estado, deve cuidar de sua locomoção até o aeroporto de uma destas cidades. Somado a isso, deve se preocupar com a hospedagem, alimentações, possíveis passeios e, se não quiser ir sozinho, comprar uma passagem para o seu acompanhante.

Assim sendo, caso eu já não tivesse os planos de visitar Paris, esta viagem não programada se tornaria bastante cara. Ou seja: racionamente, para quem não pretendia viajar a Paris, uma bela negociação de descontos e inclusão de opcionais do veículo ainda é vantagem. Mas... O consumidor nota isso?

Sim, nota. Em pesquisas qualitativas realizadas nos últimos meses de 2009, quando perguntávamos aos grupos pesquisados se bons prêmios, para eles, seriam viagens para a Copa do Mundo de Futebol, ou descontos no valor do produto, a segunda opção era sempre a preferida. Isso se deve aos custos normais que uma viagem oferece, bem como a dificuldade em sair do país a qualquer hora, ou documentações a providenciar.

Não digo, assim, que a Citroen não tem uma ótima campanha e um argumento de vendas melhor ainda, pois ela tem. Esta campanha, a meu ver, é um golaço. Seu prêmio conversa com a história do produto, e trás charme a ele. E claro, tem uma super força para comunicar. No entanto, como consumidores, devemos sempre analisar as propostas. Afinal, nem sempre as grandes propostas casam com o que precisamos no momento.

::: joao.riva@pensandoopdv.com.br

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Empresas Flanelinhas

Neste sábado resolvi jantar em um restaurante mexicano de Pinheiros, e lá vivenciei como estes locais tiram proveito de espaços públicos para, de alguma forma, gerar lucro próprio. “Tudo bem”, dizemos todos. Normalmente não nos incomodamos com certos abusos praticados pelos locais que freqüentamos. Infelizmente, estamos acostumados com eles.

Desta vez, mesmo acostumado, resolvi reclamar.

Cheguei ao mexicano por volta das 23h, e a primeira coisa que avistei à sua porta foi o serviço de valet cobrando R$ 12,00 por veículo. Como já pago uma fortuna no Seguro do Carro, resolvi parar na rua. Dei uma volta no quarteirão e nada de vagas. Vencido pela comodidade, deixei o carro com o manobrista.

Depois de jantar, voltei ao valet. Na minha frente, um casal que parecia estar em seu primeiro encontro. Ele pede o carro, paga os R$ 12,00 e recebe a chave da mão do manobrista, afinal, seu veículo estava estacionado na calçada, em frente ao restaurante – que situação... Os carros dos demais clientes estavam todos ali, espalhados pela rua. As vagas da rua, agora livres, com cones demarcando território.

Era algo descarado, de tal forma que os clientes, ao saírem do restaurante, se sentiam ridículos. Estava explicado, para mim, o motivo de não encontrar vagas livres no momento em que cheguei. Assim como fazem os flanelinhas de porta de estádio, o valet havia se apoderado de toda a rua. Sei que o serviço não é fornecido pelo restaurante (entrei em contato com eles hoje cedo), mas sim por uma empresa parceira. No entanto, meu descontentamento se reflete no serviço fornecidos pelo restaurante – é como normalmente ocorre nestes casos.

O que os proprietários deste e de outros locais que agem da mesma maneira não percebem é que um bom serviço começa antes mesmo do consumidor entrar em seu estabelecimento. Para ser preciso, começa no momento em que o cliente pondera a possibilidade de ir até ele (nesta hora, por exemplo, um site com informações e mapa do lugar é um serviço e tanto), e termina apenas quando ele chega em sua casa (restaurantes que firmam parceria com taxis, como outro exemplo).

Enquanto não entenderem este conceito básico, continuaremos convivendo com empresas flanelinhas.

::
joao.riva@pensandoopdv.com.br

Empresas Flanelinhas

Neste sábado resolvi jantar em um restaurante mexicano de Pinheiros, e lá vivenciei como estes locais tiram proveito de espaços públicos para, de alguma forma, gerar lucro próprio. “Tudo bem”, dizemos todos. Normalmente não nos incomodamos com certos abusos praticados pelos locais que freqüentamos. Infelizmente, estamos acostumados com eles.

Desta vez, mesmo acostumado, resolvi reclamar.

Cheguei ao mexicano por volta das 23h, e a primeira coisa que avistei à sua porta foi o serviço de valet cobrando R$ 12,00 por veículo. Como já pago uma fortuna no Seguro do Carro, resolvi parar na rua. Dei uma volta no quarteirão e nada de vagas. Vencido pela comodidade, deixei o carro com o manobrista.

Depois de jantar, voltei ao valet. Na minha frente, um casal que parecia estar em seu primeiro encontro. Ele pede o carro, paga os R$ 12,00 e recebe a chave da mão do manobrista, afinal, seu veículo estava estacionado na calçada, em frente ao restaurante – que situação... Os carros dos demais clientes estavam todos ali, espalhados pela rua. As vagas da rua, agora livres, com cones demarcando território.

Era algo descarado, de tal forma que os clientes, ao saírem do restaurante, se sentiam ridículos. Estava explicado, para mim, o motivo de não encontrar vagas livres no momento em que cheguei. Assim como fazem os flanelinhas de porta de estádio, o valet havia se apoderado de toda a rua. Sei que o serviço não é fornecido pelo restaurante (entrei em contato com eles hoje cedo), mas sim por uma empresa parceira. No entanto, meu descontentamento se reflete no serviço fornecidos pelo restaurante – é como normalmente ocorre nestes casos.

O que os proprietários deste e de outros locais que agem da mesma maneira não percebem é que um bom serviço começa antes mesmo do consumidor entrar em seu estabelecimento. Para ser preciso, começa no momento em que o cliente pondera a possibilidade de ir até ele (nesta hora, por exemplo, um site com informações e mapa do lugar é um serviço e tanto), e termina apenas quando ele chega em sua casa (restaurantes que firmam parceria com taxis, como outro exemplo).

Enquanto não entenderem este conceito básico, continuaremos convivendo com empresas flanelinhas.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Normas e leis

Como prometido, estamos publicando a segunda eultima parte da entrevista com Guilherme de Almeida Prado (foto), Presidente Executivo da AMPRO. Agora, o bate-papo é quanto as leis e normas que influenciam diretamente o setor. Boa leitura:

Pensando o PDV: QUAL A VISÃO DA AMPRO QUANTO A LEI CIDADE LIMPA? COMO AS AGÊNCIAS DO SETOR SE ADAPTARAM A ELA PARA QUE SUAS CAMPANHAM ESTIVESSEM SEMPRE ALINHADAS A LEI QUE AGORA SE ESPALHA POR PARTE DO BRASIL?

Guilherme Prado: A lei Cidade Limpa teve impacto maior sobre a mídia exterior. Em relação ao marketing promocional já haviam restrições anteriores a lei Cidade Limpa como a proibição de entrega de folhetos nas ruas. A tendência é que cada vez mais as ações aconteçam em espaços privados sejam eles clubes, academias, faculdades, casas noturnas, escritórios, etc. Nesses locais nada mudou. De toda forma é preciso tomar cuidado com o excesso de restrições pelo poder público. O Brasil já tem uma quantidade enorme de normas e leis.

Pensando o PDV: EXISTE ALGUM TRABALHO EM ANDAMENTO QUE VISE A MODERNIZAÇÃO DAS ATUAIS LEIS DE PROMOÇÕES, PRINCIPALMENTE QUANDO SE DIZ RESPEITO A CEF?

Guilherme Prado: A AMPRO possui o GELP que é o Grupo de Estudos de Legislação Promocional que é capitaneado pelo Antônio Salgado. Esse grupo tem como objetivo discutir as principais legislações do setor e, além disso, dialogar com órgãos do governo para modernizar e aperfeiçoar as legislações e normas existentes. O grande desafio é que a atividade de marketing promocional é extremamente dinâmica. Assim determinada norma que era suficiente há 10 anos, deixa de ser com o surgimento de novas tecnologias. Exemplo disso são as ações com uso de tecnologia mobile, que era algo não previsto em nenhuma norma, lei ou portaria.

:: em breve teremos posts sobre as normas e a influência das leis no setor, e como elas impactam nosso trabalho. estamos falando de carros adesivados, horários de trabalho, entre outros.
joao.riva@pensandoopdv.com.br

Normas e leis

Como prometido, estamos publicando a segunda eultima parte da entrevista com Guilherme de Almeida Prado (foto), Presidente Executivo da AMPRO. Agora, o bate-papo é quanto as leis e normas que influenciam diretamente o setor. Boa leitura:

Pensando o PDV: QUAL A VISÃO DA AMPRO QUANTO A LEI CIDADE LIMPA? COMO AS AGÊNCIAS DO SETOR SE ADAPTARAM A ELA PARA QUE SUAS CAMPANHAM ESTIVESSEM SEMPRE ALINHADAS A LEI QUE AGORA SE ESPALHA POR PARTE DO BRASIL?

Guilherme Prado: A lei Cidade Limpa teve impacto maior sobre a mídia exterior. Em relação ao marketing promocional já haviam restrições anteriores a lei Cidade Limpa como a proibição de entrega de folhetos nas ruas. A tendência é que cada vez mais as ações aconteçam em espaços privados sejam eles clubes, academias, faculdades, casas noturnas, escritórios, etc. Nesses locais nada mudou. De toda forma é preciso tomar cuidado com o excesso de restrições pelo poder público. O Brasil já tem uma quantidade enorme de normas e leis.

Pensando o PDV: EXISTE ALGUM TRABALHO EM ANDAMENTO QUE VISE A MODERNIZAÇÃO DAS ATUAIS LEIS DE PROMOÇÕES, PRINCIPALMENTE QUANDO SE DIZ RESPEITO A CEF?

Guilherme Prado: A AMPRO possui o GELP que é o Grupo de Estudos de Legislação Promocional que é capitaneado pelo Antônio Salgado. Esse grupo tem como objetivo discutir as principais legislações do setor e, além disso, dialogar com órgãos do governo para modernizar e aperfeiçoar as legislações e normas existentes. O grande desafio é que a atividade de marketing promocional é extremamente dinâmica. Assim determinada norma que era suficiente há 10 anos, deixa de ser com o surgimento de novas tecnologias. Exemplo disso são as ações com uso de tecnologia mobile, que era algo não previsto em nenhuma norma, lei ou portaria.

:: em breve teremos posts sobre as normas e a influência das leis no setor, e como elas impactam nosso trabalho. estamos falando de carros adesivados, horários de trabalho, entre outros.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bate-Papo com Guilherme Prado - Pres. Ampro

Final do ano passado, quando li nos sites especializados que o Guilherme de Almeida Prado havia se tornado Presidente Executivo da AMPRO (Associação de Marketing Promocional), fiquei feliz. O conheci, se não me engano, em 2003, na sua agência, a Plano1. Apesar do pouco contato, dava para perceber o profissional discreto, competente e sério que estava ali (resultado disso é sua posição na AMPRO, e o crescimento rápido da Plano1).

Muito tempo se passou e hoje, como Presidente Executivo da AMPRO, aceitou uma rápida entrevista para o Pensando o PDV. No estilo do blog, ela conta com perguntas simples, informais e rápidas, publicadas entre hoje e amanhã. Boa leitura!


Pensando o PDV: INFELIZMENTE, POUCAS FACULDADES TRABALHAM O MERCADO PROMOCIONAL COMO GOSTARÍAMOS. MUITOS ESTUDANTES, POR POUCO CONHECIMENTO DA ÁREA, OPTAM PELO CAMINHO NATURAL E SE PROFISSIONALIZAM EM AGENCIAS DE PUBLICIDADE. EXISTE ALGUM TRABALHO DA AMPRO JUNTO AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO PARA TRAZER ALGUNS DESTES ESTUDANTES PARA O MERCADO PROMOCIONAL?

Guilherme Prado: Para os próximos 2 anos teremos duas frentes. Vamos dar continuidade a SAMPRO, Semana Acadêmica de Marketing Promocional, que é um evento nacional na qual profissionais das agências fazem palestras em dezenas de faculdades de comunicação e marketing simultaneamente. A SAMPRO já está na sua 6ª edição e seu objetivo é justamente mostrar para os alunos de comunicação que existe um universo de trabalho atraente, desafiador e em forte crescimento no marketing promocional. A segunda frente que teremos é de nos aproximar das universidades e faculdades para ajudá-las na montagem de conteúdo sobre marketing promocional. A AMPRO tem, entre seus associados, um conhecimento riquíssimo sobre a área seja em cases, seja na experiência prática e até mesmo em conceitos técnicos e teóricos. A idéia é desenvolvermos materiais que possam ser disponibilizados nas salas de aula de todo país. Isso ajudará a ter alunos mais bem formados, mas também ajudará a atrair jovens para o nosso setor.

:: continua amanhã

Bate-Papo com Guilherme Prado - Pres. Ampro

Final do ano passado, quando li nos sites especializados que o Guilherme de Almeida Prado havia se tornado Presidente Executivo da AMPRO (Associação de Marketing Promocional), fiquei feliz. O conheci, se não me engano, em 2003, na sua agência, a Plano1. Apesar do pouco contato, dava para perceber o profissional discreto, competente e sério que estava ali (resultado disso é sua posição na AMPRO, e o crescimento rápido da Plano1).

Muito tempo se passou e hoje, como Presidente Executivo da AMPRO, aceitou uma rápida entrevista para o Pensando o PDV. No estilo do blog, ela conta com perguntas simples, informais e rápidas, publicadas entre hoje e amanhã. Boa leitura!


Pensando o PDV: INFELIZMENTE, POUCAS FACULDADES TRABALHAM O MERCADO PROMOCIONAL COMO GOSTARÍAMOS. MUITOS ESTUDANTES, POR POUCO CONHECIMENTO DA ÁREA, OPTAM PELO CAMINHO NATURAL E SE PROFISSIONALIZAM EM AGENCIAS DE PUBLICIDADE. EXISTE ALGUM TRABALHO DA AMPRO JUNTO AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO PARA TRAZER ALGUNS DESTES ESTUDANTES PARA O MERCADO PROMOCIONAL?

Guilherme Prado: Para os próximos 2 anos teremos duas frentes. Vamos dar continuidade a SAMPRO, Semana Acadêmica de Marketing Promocional, que é um evento nacional na qual profissionais das agências fazem palestras em dezenas de faculdades de comunicação e marketing simultaneamente. A SAMPRO já está na sua 6ª edição e seu objetivo é justamente mostrar para os alunos de comunicação que existe um universo de trabalho atraente, desafiador e em forte crescimento no marketing promocional. A segunda frente que teremos é de nos aproximar das universidades e faculdades para ajudá-las na montagem de conteúdo sobre marketing promocional. A AMPRO tem, entre seus associados, um conhecimento riquíssimo sobre a área seja em cases, seja na experiência prática e até mesmo em conceitos técnicos e teóricos. A idéia é desenvolvermos materiais que possam ser disponibilizados nas salas de aula de todo país. Isso ajudará a ter alunos mais bem formados, mas também ajudará a atrair jovens para o nosso setor.

:: continua amanhã

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Os mesmos de sempre. Oba!

Há algumas semanas estava num curso sobre o Comportamento do Shopper e uma discussão me chamou a atenção: o quanto nós, como consumidores (antes disso, humanos) somos preguiçosos e medrosos. Muitas vezes temos preguiça de pensar (informações prontas são sempre bem vindas) e medo de errar. Alias, medo do erro é algo tão estudado, que Keller desenvolveu os Riscos de Produto, que já utilizei em planejamentos de campanhas de degustação para ganhar concorrência – muitas deram certo e ganharam.

A verdade é que, antes de sermos consumidores – como dito, somos humanos. É mais fácil deixar as novas experiências para depois, deixando de correr os riscos que qualquer novidade nos oferece. Daí vem o questionamento lógico, surgido no curso: por que, entre os aproximadamente 12 mil bares e restaurantes de São Paulo, costumamos ir sempre nos mesmos 5 ou 6? Certamente, como debatemos, existem outros muito melhores que os que freqüentamos, e ainda assim vamos sempre naqueles.

Claro, devemos isso ao nosso medo e preguiça. Medo de ir até um restaurante, pedir um prato ruim e pagar o que ele não vale. Existe algo melhor que ir ao restaurante de sempre, sentar na mesa de sempre, ser atendido pelo garçom bigodudo de sempre, pedir o prato de sempre e pagar o valor de sempre? Claro que é bom arriscar de vez em quando. Mas só de vez em quando, né?

Sabe aquele dia em que estamos atrasados e temos que comer rápido? Melhor ir no de sempre, já que sabemos que o atendimento é rápido. E quando estamos com uma garota nova? Melhor ir no de sempre, pois sabemos que o clima é bacana. E quando chega o fim do mês e o dinheiro dentro da carteira se torna um passado distante? Melhor ir no de sempre, pois sabemos qual prato tem um preço mais convidativo. Mais fácil.

Mas isso também é bom para nós, profissionais do varejo. Pois se São Paulo é, além da terra da garoa, a terra das tribos, fica mais fácil desenvolver o plano de ataque de cada campanha. Temos a galera mais descolada na Augusta, os moderninhos na Vila Madalena, os mais casuais na Pompéia, e assim por diante. Melhor! Podemos identificar nosso público pelos restaurantes que freqüentam. Mais fácil chegar a eles.

É aproveitar uma fragilidade humana para o sucesso de uma comunicação dirigida.

::
joao.riva@pensandoopdv.com.br

Os mesmos de sempre. Oba!

Há algumas semanas estava num curso sobre o Comportamento do Shopper e uma discussão me chamou a atenção: o quanto nós, como consumidores (antes disso, humanos) somos preguiçosos e medrosos. Muitas vezes temos preguiça de pensar (informações prontas são sempre bem vindas) e medo de errar. Alias, medo do erro é algo tão estudado, que Keller desenvolveu os Riscos de Produto, que já utilizei em planejamentos de campanhas de degustação para ganhar concorrência – muitas deram certo e ganharam.

A verdade é que, antes de sermos consumidores – como dito, somos humanos. É mais fácil deixar as novas experiências para depois, deixando de correr os riscos que qualquer novidade nos oferece. Daí vem o questionamento lógico, surgido no curso: por que, entre os aproximadamente 12 mil bares e restaurantes de São Paulo, costumamos ir sempre nos mesmos 5 ou 6? Certamente, como debatemos, existem outros muito melhores que os que freqüentamos, e ainda assim vamos sempre naqueles.

Claro, devemos isso ao nosso medo e preguiça. Medo de ir até um restaurante, pedir um prato ruim e pagar o que ele não vale. Existe algo melhor que ir ao restaurante de sempre, sentar na mesa de sempre, ser atendido pelo garçom bigodudo de sempre, pedir o prato de sempre e pagar o valor de sempre? Claro que é bom arriscar de vez em quando. Mas só de vez em quando, né?

Sabe aquele dia em que estamos atrasados e temos que comer rápido? Melhor ir no de sempre, já que sabemos que o atendimento é rápido. E quando estamos com uma garota nova? Melhor ir no de sempre, pois sabemos que o clima é bacana. E quando chega o fim do mês e o dinheiro dentro da carteira se torna um passado distante? Melhor ir no de sempre, pois sabemos qual prato tem um preço mais convidativo. Mais fácil.

Mas isso também é bom para nós, profissionais do varejo. Pois se São Paulo é, além da terra da garoa, a terra das tribos, fica mais fácil desenvolver o plano de ataque de cada campanha. Temos a galera mais descolada na Augusta, os moderninhos na Vila Madalena, os mais casuais na Pompéia, e assim por diante. Melhor! Podemos identificar nosso público pelos restaurantes que freqüentam. Mais fácil chegar a eles.

É aproveitar uma fragilidade humana para o sucesso de uma comunicação dirigida.

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