quarta-feira, 28 de julho de 2010

Criatividade sem Limite

Uma conhecida contou, certa vez, uma história que ilustra muito bem quando profissionais utilizam de forma errada o direito de serem pró-ativos. Alias, não existe nada melhor que um profissional pró-ativo. Afinal, é melhor ter um funcionário que necessite de freios, que de empurrões.

Ocorre que uma grande rede varejista encaminhou comunicados aos gerentes de todas as suas lojas informando que, no período que compreende o feriado de Finados, eles receberiam uma verba de comunicação extra para ser utilizada com ferramentas de visibilidade e incremento de vendas.

Esta é uma prática conhecida, mas não a mais comum. Muitas vezes, estas redes desenvolvem novos e práticos materiais de ponto de venda para serem instalados por seus promotores. Cada um deles os instala ou conforme solicitado, ou a seu critério – dependendo dos objetivos da campanha.

Pois bem. Ocorre que, no caso que conto, um dos gerentes resolveu criar algo realmente novo, muito provavelmente nunca utilizado por loja nenhuma. Ora, se estávamos no período de Finados, nada mais lógico que colocar um verdadeiro caixão na porta da loja, não? Não?! Pois ele achou que sim! Com um texto correspondente a “morte aos preços altos”, deixou o caixão ali, enfeitando sua porta de entrada.

Obviamente, a iniciativa não durou mais que poucas horas. A rede, em pouco tempo, pediu que aquele caixão fosse retirado dali. Afinal, não existe nada mais estranho e pesado que, ao entrar numa grande loja, encontrar um caixão.

Erro do gerente da loja? Sinceramente, acho que não. Erro do Marketing da rede? Também acho que não. O que ocorre é que, no nosso dia a dia, lidamos com pessoas. E, quando lidamos com pessoas, devemos lembrar que somos diferentes: gostos, histórias, temperamentos, vontades, valores diferentes. Não existe o “mais certo” ou “mais errado”.

O jeito, neste caso, é trabalhar como foi feito. Ao ser detectada uma ação que pode depor contra a marca, ter rapidez na sua retirada. Afinal, errar é humano, não corrigir o erro é que é burrice.

:: joao.riva@pensandoopdv.com.br

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Marketing e relacionamento nas redes sociais

O texto a seguir foi resumido de uma antiga entrevista com Andreas Weigend, ex-cientista da Amazon e especialista em comportamento do consumidor on-line. Mesmo tendo passado um tempo, o conteúdo ainda é muito atual e pode orientar aos recém chegados ao assunto.

Andreas nos relata o “marketing social”, o marketing que acontece nas redes sociais. Para ele, o desejo das pessoas de compartilhar a vida é a oportunidade de ouro para as empresas captarem, medirem e conectarem dados e, essa nova cultura é a mudança mais importante dos últimos 10 anos no mundo.

Quando solicitado para conselhos sobre como trabalhar no mundo on-line, ele sempre dá a mesma resposta, copie a Amazon. Revela, que tudo que está funcionando na Amazon é resultado de muita experimentação e estudo, acaba que, se a pessoa fizer experimentações e estudos sérios, no fim chega em algo próximo à Amazon. Esta, mudou a forma de compra dos clientes, foi pioneira e ousada, e tudo que hoje é dado como óbvio, como lista de desejos e recomendações etc, é resultado de toda essa experimentação e é essa estratégia de dados, o elemento mais importante que a empresa leva para o futuro. Porém, Andreas garante que não só os dados são importantes, precisa se trabalhar os dados e as métricas. Tem que se medir todas as interações da pessoa com o seu site e internet. No mundo digital é possível saber todos os caminhos e produtos por onde o cliente passou, o que deseja, o que compartilha com seus amigos, o que difere do varejo presencial tradicional, onde é muito difícil de se guardar o que o cliente viu e onde passou na loja.

Para Andreas, essa revolução social dos dados, a maneira das pessoas contribuírem com dados, é de cinco a dez vezes mais poderosa que o marketing tradicional. Um boca-a-boca, um comentário no facebook ou twitter, é um condutor muito poderoso e importante. Essas informações compartilhadas, permitem que os profissionais de marketing atinjam seus clientes na mosca, eles podem utilizar os três aspectos do marketing social – quem, conteúdo e contexto. A Amazon faz isso muito bem com o “Share the love”, onde o cliente é questionado se tem algum amigo que tenha interesse sobre o produto que está comprando e se ele quer mandar um e-mail com a indicação para esse amigo. Concede com isso descontos e fica sabendo de informações importantes para sua base.

Em pesquisa que realizou, Andreas concluiu que as pessoas compartilham informações para buscar atenção e/ou porque realmente têm tempo e mudaram seus hábitos, os tornando públicos, ao invés de jogar um videogame ou simplesmente assistir tv, a pessoa vai para a esfera pública. E esse é um caminho para as empresas terem um feedback e descobrirem o que seus clientes falam sobre elas na internet. Não importa seu ramo de atividade, esse é um começo barato para saber como está a sua reputação na rede.

Perguntado sobre o poder do twitter e facebook, Andreas diz que muitas empresas estão fazendo suas ações e promoções, porém, tudo isso é muito novo e vai mudar muito. Na verdade ainda estamos na era das pessoas alimentarem esses sites com informação e uma outra era vai chegar, onde saberemos como utilizar esses dados. A web 3.0.

Andreas fez uma análise dos 4 Ps do marketing tradicional com as redes sociais, e descobriu que é possível utilizar recursos para fazer o cliente nos dar um feedback em tempo real, tornando o P de produto um sonho. Para o P de preço, concluiu, que ele se torna menos importante, sendo primordial um atendimento cinco estrelas. O P de ponto de venda tem dois caminhos, o que interage com as preferências do cliente naquele momento, um exemplo é o Adwords do Google, que mostra anúncios de acordo com os termos de uma busca. O outro caminho, é o que interfere nas ações mesmo sem saber das preferências do cliente. Um exemplo é o AdSense do Google, ele sabe a página que o cliente está e interfere com anúncios que podem interessá-lo. E finalmente o P de promoção, nos mostra que a promoção agora é de pessoa para pessoa, ela reúne o aspecto social e também viral.

As empresas precisam entender que “serviço ao consumidor é o novo marketing”, as pessoas escrevem o que querem na internet. Então, se você faz um bom trabalho, estará lá, ou se for ruim no que se propõe, também estará lá e o Google vai revelar. Andreas acredita que as pessoas que comentam na internet, criam um nicho com dois grupos: um as pessoas que postam informação e outro, das pessoas que leem. O que mais uma vez nos leva à questão dos dados, da transparência e, que as empresas precisam se preocupar com a excelência no serviço. Um bom exemplo são os hotéis, muitas pessoas leem resenhas e buscam se hospedar onde a % de comentários são mais positivos. Não adianta o hotel se esconder numa forte marca, é preciso dar um bom serviço. O marketing viral, o boca-a-boca é algo que deve ser medido cuidadosamente, Andreas enfatiza, se quer atrair a atenção das pessoas, busque os amigos delas, não o marketing ininterrupto. Isso é marketing social. Mas, tenha muito cuidado na maneira como vai usar as informações. Se utilizadas de maneira indevida, pode trazer um feedback negativo.

Por fim, perguntado sobre a web 3.0, concluiu como citado acima, que essa nova web vai ser uma rede de interações. As informações dos twitter e facebooks da vida, passarão a ser úteis de verdade.

:: Ângelo Martins é profissional de Comunicação há 15 anos. Bacharel em Direito, Publicitário por opção, buscou no Marketing a evolução. Com 9 anos de experiência no ramo de educação, onde atuou como Diretor de Arte e atualmente como Diretor de Criação, está se especializando em Marketing de Relacionamento e participando da implementação de um programa de relacionamento no grupo de ensino Estácio Participações S.A. É editor do site O Marketada e colaborador dos blogs Pensando O PDV e MarketingBlog.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dois pesos e duas medidas

Nunca me esqueci de uma entrevista do Sidney Sheldon (autor de grandes livros) a uma revista americana. A revista perguntava de onde ele tirava as situações, algumas vezes malucas, para os seus livros. Ele respondeu que da vida. Que na vida acontecem coisas tão absurdas que nos parecem normais, que só percebemos o quão são loucas quando são colocadas no papel.

Esta semana fui impactado por uma delas, e fiz questão de publicar minha indignação, de imediato, no meu Facebook. Foi uma reportagem da Folha de São Paulo, cujo titulo era: Cidade Limpa não vale durante campanha. No texto, o jornalista Flávio ferreira informava que a lei estará suspensa durante o período eleitoral, e que candidatos já estão preparando sua comunicação e ações de visibilidade para implementação imediata.

Atuo com Marketing Promocional há muitos anos, e nos últimos três minha forma de trabalho precisou mudar. Tomo maior cuidado com a comunicação de rua que ofereço aos meus clientes, busco locais particulares para realizações de ativações de marca, deixo de sugerir determinadas ações em São Paulo, as realizando apenas em cidades que não contam com a lei.

Apesar disso, sou totalmente a favor dela. A cidade está realmente mais bonita sem aqueles grandes outdoors nas avenidas, sem meninas uniformizadas a cada esquina entregando folhetos que logo em seguida os motoristas jogavam no chão (jornais gratuitos valem!), e sem as faixas pedindo um amor de volta (apesar de também ser a favor dos apaixonados).

Mais que isso, sempre respeitei a firmeza do perfeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quanto ao respeito da lei. Neste caso, a vitória dele é a vitória de todo nós. E ninguém podia poluir visualmente a cidade: nem os grandes, nem os pequenos. Mas agora temos uma exceção: os candidatos a políticos podem. Se por responsabilidade dele (Kassab) ou não, neste momento não importa. O que importa são os dois pesos e duas medidas.

:: acesse a matéria da Folha clicando aqui

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Agora é a vez da ELETROLUX!

Lembram do post “nem só de gigantes vive o Mobile Mkt”? Pois é... e mais uma vez essa teoria se comprova!

Chegou a vez de uma marca de eletrodomésticos realizar sua promoção com SMS e PINCODE (código promocional). A Eletrolux está com a promoção “Estilo Renovado”, cuja mecânica é bem simples: ao comprar uma lavadora da marca, você encontra um adesivo na frente do produto contendo o código promocional. Este código pode ser enviado através de SMS (mensagem de texto) ou cadastrado no hotsite da promoção: http://www.estilorenovadoelectrolux.com.br/.

Cada código válido enviado oferece ao participante 01 número da sorte para concorrer a 10 prêmios de R$ 5 mil. Comparada as outras promoções, esta não tem prêmios tão grandes (carro + casa + viagem, etc), mas penso que agrada ao público em questão, pois conta com a ajuda de uma estilista (Gloria Coelho) a orientar o estilo do guarda roupa dos ganhadores.

E vamos em frente com o mobile marketing. Qual será a próxima?

:: Daniel Vieira é Profissional de VAS (Value Added Service) desde 2007, no mercado de Mobile Marketing. Atuando no atendimento das maiores agências de promoção do Brasil, é também um dos responsáveis pelas maiores campanhas mobile dos últimos anos, e colunista do Pensando o PDV. O siga no Twitter - @danielsvieira

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Muito ajuda quem não atrapalha

Sabe aquele velho ditado que diz “muito ajuda quem não atrapalha?”. Caramba, como ele é verdadeiro. Vejo empresas investindo milhões em campanhas belíssimas, ações promocionais que realmente nos aproximam do produto, mas na hora do atendimento pessoal, erram.

Um antigo professor de Marketing Político, vivia falando em sala de aula que a grande diferença entre um político e um sabonete, é que o político fala. O que ele quis dizer, é que é difícil trabalhar com pessoas, pois elas falam, fazem caretas, reclamam, etc. Enquanto isso, vender um sabonete é fácil: ele fica ali, quietinho, pronto para uma foto silenciosa.

O que ele esqueceu, e hoje percebo bem, é que o sabão realmente não fala, mas seus vendedores, sim. E ai, problema parecido com o que ele tem com seus políticos, temos com os nossos produtos. Afinal, muitas vezes um produto não se vende sozinho. Precisa de pessoas para isso. E pessoas, como ele diz, falam, fazem caretas, reclamam, etc.

Em alguns segmentos de produtos, e em todos os segmentos de serviço, o fator pessoa é fundamental. Como o vendedor ou a recepcionista te aborda, responde as suas perguntas... Falo isso pois, muitas vezes, um atendimento ruim joga no bueiro todo o esforço de comunicação que uma marca utilizou para atrair seus clientes ao ponto de venda.

Cada atendimento é único. Um mesmo vendedor, dentro de um mesmo dia, atende cada um de seus clientes de forma diferente – mesmo tentando fazer sempre igual. Isso porque cada cliente também tem uma personalidade diferente, problemas diferentes e reações diferentes. Sendo assim, como cobrar que um vendedor aja sempre de forma igual?

Treinamento de vendas! É um ótimo caminho, e diria que um dos principais. Mas é preciso mais: trabalhar de forma que estejam sempre motivados a vender e atender bem, e que criem naturalmente (ou não tão naturalmente assim) um clima de equipe e pertencimento a um time. Não sendo assim, os atendimentos imperfeitos aparecem. E com eles, a perda “daquela” venda.

Parece mentira, mas quando falo de atendimento ruim, tenho muitas histórias a contar. A internet, com seu poder e velocidade, pulveriza muito deles. Como exemplo, cito o blog do Ângelo Martins, colunista do Pensando o PDV. Em seu blog, freqüentemente, apresenta casos do gênero. Vale a visita, para que conheçam exemplos de bons e maus atendimentos.

:: visite O Marketada, blog citado no post acima
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sábado, 10 de julho de 2010

Redes Sociais e Incremento de Vendas

Twitter, Facebook e Linkedin são mais que redes sociais. São ferramentas de relacionamento e geração de conteúdo. Ciente disso, como tantas outras ferramentas, elas podem ser utilizadas como bem quisermos. Mas, se bem utilizadas, até mesmo as vendas da sua empresa podem ser incrementadas. E o mais bacana: a custo zero!

Ora, se a base do Marketing de Relacionamento é o contato freqüente com seus clientes através de conteúdo ou benefícios que interessem a ele, por que não utilizar estas ferramentas também para se relacionar com seus clientes? Não há custo, mas sim trabalho e inteligência. Falo isso, pois estar presente nestas redes, apenas por estar, é um grande erro. É preciso estar presente, em cada uma delas, de forma inteligente. Mas como?

A resposta está no propósito do Marketing de Relacionamento: geração de conteúdo e benefícios aos seus atuais clientes. Afinal, mais que produtos ou serviços, empresas também desenvolvem conteúdo e informação. Podem ser informações sobre o seu mercado ou sobre sua própria empresa.

Cito um exemplo: existe um restaurante por KG, em São Paulo, que diariamente divulga seu cardápio no Twitter. Assim, seus clientes - e também seguidores, saem de suas empresas já conhecendo o cardápio do dia. Não é uma boa forma dele, diariamente, “invadir” o computador de cada um dos seus clientes dizendo “lembre-se de mim”? Obviamente sim.

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Curso de Promoção de Vendas

A L. Bonetti acaba de lançar uma série de cursos relacionados ao Marketing Promocional. Um deles, ministrado pelo editor deste blog, se chamará Estratégias, Soluções e Táticas para Promoção de Vendas, e seu uso em Agências.

O curso, com carga horária de 10h, apresentará aos seus alunos as principais ferramentas promocionais, além da estrutura básica das principais agências de promoção. É voltado a profissionais que desejam conhecer e/ou atuar com Promoção de Vendas em agências do setor.

:: para mais informações sobre o curso, clique aqui
::: para conhecer os demais cursos, clique aqui

terça-feira, 6 de julho de 2010

Estratégias e Táticas a custo zero. É possivel?

Pensar pequeno, muitas vezes, é pensar longe, e grande. Quando falamos em ações de Marketing Promocional, Mobile MKT, MKT de Relacionamento ou Fidelização de Clientes, muitas vezes pensamos grande e buscamos verbas enormes. Mas... Será que quando temos pouca verba, não há outro jeito de trabalhar?

Tem. É claaaaaro que tem. Alias, este tema foi tratado há alguns posts, quando exemplifiquei maneiras de utilizar Marketing Promocional, mesmo com pequenas verbas. Mas, e quando não temos verba nenhuma? Isso mesmo! Nenhum tostão, nenhum cascalho, nenhuma moedinha? Calma. Dá pra fazer muita coisa, e nem precisa buscar milagre, botar o santo de cabeça para baixo ou começar a pular em frente ao ponto de venda.

Pois é. A partir de hoje, uma série de posts sobre formas de trabalhar de forma estratégica e/ou tática, mesmo sem verba. Ou seja: ações facilmente implementadas por empresas de micro, pequeno e médio porte. Porém, não há como negar: uma verba destinada especialmente para ações promocionais sempre cai bem.

:: esta série de posts foi sugerida por Daniela Lima, leitora do Pensando o PDV
::: entre em contato! escreva para joao.riva@pensandoopdv.com.br
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sábado, 3 de julho de 2010

O que muda com o Brasil eliminado?

Ontem o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo pelo time da Holanda. Após lágrimas e reclamações, o que mais escutamos foi àquela velha indagação “tudo bem, era apenas futebol”. Sim, é verdade, era apenas futebol, e a vida continua.

Mas, no nosso mercado, continua de forma um pouco diferente. Por mais que nem todos acreditassem no sucesso da Seleção Brasileira na Copa do Mundo (confesso que eu acreditava), sua saída prematura do mundial muda alguns planos.

Atualmente, o país conta com pelo menos seis grandes campanhas promocionais envolvendo a Copa do Mundo de Futebol - e centenas de outras menores. Certamente elas continuam vivas e fortes após esta eliminação, mas talvez não com o mesmo brilho.

Bares, restaurantes e casas de eventos também perdem grandes oportunidades de negócios com a derrota do Brasil, seguidas logo atrás pelas empresas de brindes, que ainda produziam peças para os atrasadinhos.

Mas tudo bem... A vida continua firme e forte. E o mercado, também.

:: joao.riva@pensandoopdv.com.br
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