terça-feira, 27 de outubro de 2009

Concurso Cultural também é boa opção!

Muitas vezes temos dois ou mais caminhos que podem nos levar ao mesmo lugar. Uns são mais curtos, outros mais agradáveis, outros mais charmosos, e por ai vai. A verdade é que, nesta sucessão de caminhos que aparecem, o grande lance é saber escolher qual seguir, colocando os prós e os contras de cada um deles na balança. Ou seja: descobrir o mais atraente para si (sua marca ou produto) naquele momento.

Hoje resolvi falar de um destes caminhos – o Concurso Cultural. Penso que ele é como o “adjunto adnominal”, que aprendíamos nas aulas de português, lembra? Todos pensavam que sabiam o que é e como usar, mas vez ou outra aparecia um erro em seu uso que botava tudo a perder. Prova disso é navegar pelos sites de grandes marcas e perceber os erros absurdos que cometem utilizando esta ferramenta – não o adjunto adnominal, mas o Concurso Cultural.

Concurso Cultural tem como objetivo coletar dados dos seus consumidores e/ou fazer com que eles exercitem as mensagens ou conceito do que queremos promover. Mas, como no futebol, a regra é clara! Todos podem participar e o nome da marca não pode estar exposto na pergunta nem na resposta do concurso (além de várias outras mais). Um exemplo:

A Natura exercitou a mensagem de uma de suas linhas de produtos utilizando um Concurso Cultural com a seguinte pergunta: Qual é a beleza da sua rotina? Os autores dos dez textos mais criativos ganharam um kit da linha Tododia. E ai, acha que a pergunta tem ligação com o nome da linha? Taí! De forma simples e rápida, fez com que suas consumidoras entendessem que aquela linha era para o seu uso cotidiano. Fácil, rápido e indolor.

Mas por que as empresas erram utilizando uma ferramenta tão simples? Dr. Antônio Salgado, sócio da ASPN e participante ativo da AMPRO, comenta que “o erro mais comum das empresas é acreditar que o concurso cultural é um substituto eficiente da promoção regular. Para que possa ocorrer sem a autorização da Caixa (ou da SEAE/MF), o Concurso Cultural tem que atender a uma série de requisitos que acabam tornando esta ferramenta pouco interessante, do ponto de vista comercial. Aí as empresas tentam ‘forçar a barra só um pouquinho’ e ultrapassam a linha da legalidade, criando riscos de imagem (perante o consumidor) e multas (perante os órgãos de fiscalização)”.

A verdade é que o uso do Concurso Cultural é uma forma eficiente para, além da coleta de dados de seus consumidores e os fazer exercitar sua mensagem, atrair clientes para loja. Afinal, mesmo sem comprar nenhum produto de uma loja para participar do concurso,na maioria das vezes o consumidor é obrigado a ir até ela para participar. E a matemática é simples: maior demanda de consumidores + vendedores treinados = mais vendas.

Ah, e pra não restar dúvida, conferi no Google: ADJUNTO ADNOMINAL é a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere. Continua na mesma? Beleza, dá pra passar de ano sem essa.

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2 comentários:

  1. Parabéns João! Tá bem bacana o blog. Depois dá um pulo no meu www.onomade.com


    abs!

    Pedro

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  2. É engraçado como apesar de simples, muitas empresas ainda costumam errar na mão ao trabalhar com o modelo Concurso Cultural.

    Muito bom esse exemplo da Natura citado no post.

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