sábado, 16 de janeiro de 2010

Eles querem é ganhar!

Quando quero vender, mas vender muito, a receita que uso é simples: Comprou Ganhou. Nem precisaria das pesquisas que compravam o que escrevo, pois todos sabem que o que o consumidor quer é ganhar. E não importa quem seja ele, sua idade, sexo ou classe social.

Uma amiga conta a história de quando produzia um evento focado na classe “A gargalhada” (AAAAAAAAAAAA). Ao fim dele, após um luxuoso jantar, no hall de saída, tinham diversos cubos de vidro com bombons Sonho de Valsa. Podiam ser celebridades, grandes empresários ou anônimos. As mãos buscavam sempre bombons em grande quantidade, que eram imediatamente guardados nos bolsos ou bolsas. Na minha opinião, forma nada elegante de sair de um evento. Alias, talvez seja sim elegante, mas não noto pois não sou “A gargalhada” (infelizmente).

Mas, se Comprou Ganhou é quase sempre garantia de sucesso, por que não a utilizamos sempre? Simples: se o consumidor não paga pelo seu brinde, certamente alguém está pagando (nós), e para isso precisamos de muito dinheiro. Mais: e se o brinde é uma caneca ou um copo de vidro? Imagine a logística louca de fazer eles chegarem a mão do consumidor sem que quebrem durante o caminho? E se o brinde for uma bola? Já imaginou o espaço que ela ocupa em depósitos e o custo da logística de algo com volume maior?

As dificuldades param por ai? Antes fosse... E se o produto a ser vendido é tão em conta que qualquer brinde relevante tem preço parecido ao dele? Pior: e se seu produto é vendido a larga escala? Imagine se você tem em mãos uma campanha de leite... Quantos milhões de brindes deverão ser produzidos para ela? Será que teremos verba para tanto?

Pois é, nesta hora lembro de uma frase do meu primeiro chefe: só sabemos se o bombeiro é bom quando o prédio pega fogo. Quantas vezes temos uma campanha Comprou Ganhou que consideramos “matadora” pronta, mas a verba não nos permite a colocar em prática? Não tem jeito: nesta hora é quebrar a cabeça com logística, negociação, parceria, e outros (às vezes, até Seguradoras), para viabilizar a idéia. É difícil, demanda um tempo maior, mas vale o sacrifício.

A verdade é que, muitas vezes, a melhor coisa é deixar o prédio começar a pegar fogo, pois só assim descobrimos formas originais para fazer algo que esteja fora da “caixinha”. Então volto a citar nossas avós: nem todos que tentaram conseguiram, mas todos os que conseguiram tentaram.

:: joao.riva@pensandoopdv.com.br
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Um comentário:

  1. Isso aí. As vezes vale mais a pena pensar simples. E o diferencial está aí mesmo. Parabéns pelos textos, estão muito bons.

    Abraço João!

    O Nômade
    www.onomade.com

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