segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Chilli Beans inova no PDV

A Pixellabs criou a primeira Vending Machine de óculos escuros para a Chilli Beans e a novidade deve dar o que falar.

O funcionamento é simples: o cliente escolhe o óculos na tela, fica na frente do monitor e ele encaixa automaticamente o óculos em 3d no rosto e em real time. Se o cliente gostar, basta pagar via cartão e crédito e cai o óculos (como nas máquinas da coca-cola).

Confira o vídeo da maquina funcionando:



Tendo uma idéia melhor da relevância da Chilli Beans: trata-se de uma rede de franquias especializada em óculos de sol de marca própria, e que, de 1997 para cá, se espalhou com lojas e quiosques, atingindo atualmente cerca de 300 unidades em todo Brasil e algumas no exterior.

Do ponto de vista da empresa, a vending machine é sem dúvida uma novidade muito interessante, pelo aspecto da inovação e pelo benefício que o projeto vai trazer para a imagem do grupo, que busca sempre explorar o ponto de venda de modo irreverente e, de acordo com o que a empresa acredita, dentro das espectativas de seus consumidores (constituídos essencialmente pela geração Y).

Mas, e para os consumidores? Como deve ser o resultado? Certamente vai depender muito do modo como cada cliente vê o produto em questão.

É um fato constatado que existem e sempre vão existir pessoas que acreditam que óculos de sol são um acessório importante e que não devem ser vendidos sem a presença de um profissional competente assessorando. A este grupo a vending machine é certamente um erro, a menos que mudem seu comportamento e vale pensar a respeito do quanto a empresa conta com isso, pois não é nenhum exagero dizer que são formadores de opinião em podem "jogar contra" a consolidação do novo canal de venda.

Tem também o grupo que acha imprescindível experimentar o óculos antes de comprar. Para eles, buscou-se uma solução interessante de equipar as máquinas com uma câmera e um monitor que usa tecnologia de realidade aumentada para projetar os óculos no rosto do cliente. Tudo em 3D e em tempo real, basta que o consumidor aproxime a face da tela, como se estivesse olhando para um espelho.

Será que desse modo resolve? Se estabelecermos uma relação com o interesse da nova geração por tecnologia, as chances são boas.

Aliado a estes pontos de atenção, o melhor modo de prevenir problemas com estes dois grupos é promovendo a experimentação e versatilizando ainda mais a troca para os casos de insatisfação. No mais, o mercado é bem versátil e em geral o brasileiro gosta muito deste tipo de novidade.

Deverão ser instaladas seis dessas vending machines até o final de 2010 em pontos estratégicos de São Paulo, como metrô, shoppings e aeroportos. Se der certo, pretendem expandir para o restante do Brasil depois.

Deve ser uma tacada certeira. Agora é acompanhar.

:: Rafael Bunese tem pouco mais de 10 anos de experiência na área de Marketing, tendo passado pela SPCOM, TVMed, Hubert, Qualcomm e Suzano. Graduado pela ESPM e com especialização pelo INSPER, hoje atua na Sky, e ministra aulas de Logistica, Marketing, Vendas e Atendimento ao Cliente nos cursos livres do SENAC. Além de colunista do Trade Inteligente, é editor do blog Playful Perspective (marketing, inovação, criatividade, entre outros).

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