terça-feira, 12 de outubro de 2010

Lição de (como não fazer) Merchandising

Algumas pessoas gostam de ir ao cinema, outras ao parque. Eu gosto mesmo é de fazer supermercado. Não adianta trabalhar com Trade e buscar conhecimento apenas nos livros. É preciso ir a campo, estar presente onde tudo acontece. Estar sempre no supermercado é um exercício fundamental, pois assim conhecemos o que há de novo, os cross-merchandisings mais inteligentes, novos displays e... Coisas como as que vi no Wal Mart.

A base do estudo de merchandising, quando se trata da colocação dos produtos nas gôndolas, é a facilidade no “pega” e a boa visualização do mesmo. Lembrando que o consumidor não investe mais de 5 segundos para analisar cada categoria de produtos, estar sempre bem posicionado é fundamental a qualquer marca. Somado a isso, é importante ter um “pega” simples, que não demande esforço do consumidor. Quantas vezes, em cursos e palestras, cito as marcas que mudam o formato das embalagens de seus produtos apenas para facilitar este momento?

Não tem jeito. Não importa o quanto as marcas invistam no design das embalagens, comunicação em mídia de massa, preço sugerido e logística de distribuição, eles sempre acabam nas mãos dos grandes varejistas, que atuam, algumas vezes, como bem entenderem. Pois bem, o Wal Mart entendeu que devia expor os produtos em gôndola como vistos nas fotos. Ou seja: dentro das suas próprias caixas, da maneira que foram recebidas por ele. Se dificulta o “pega”, não importa.

Pois é. Esta não foi a primeira vez, e nem deverá ser a ultima que ações deste tipo acontecem. Se por responsabilidade do varejo, ou dos próprios promotores de vendas (duvido muito), o fato é que, além de desrespeito com o consumidor, atrapalha as próprias vendas.

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